A
presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, disse, nesta quarta-feira,
18, que os investimentos da companhia em segurança da informação somam R$ 3,9
bilhões em 2013 e chegarão a R$ 21,2 bilhões até 2017. Em audiência pública da
CPI da Espionagem no Senado, Graça afirmou que a Petrobras tem uma política de
segurança empresarial que faz parte da rotina da companhia. "É uma
política tão importante que passa pelo Conselho de Administração da empresa. A
gestão dos bens, das pessoas, das informações e da riqueza que geramos é muito
importante", afirmou. Segundo ela, a Petrobrás atua
preventivamente na segurança empresarial e tem de estar pronta a responder de
forma imediata a incidentes e emergências. "A primeira diretriz de
segurança é minimizar ameaças de pessoas e organizações externas à Petrobrás.
Na grande maioria das vezes objetivos de ataques cibernéticos são
irresponsáveis, por diversão, mas também existem motivações financeiras,
ideológicas, políticas e concorrenciais ou comerciais", relatou.
Graça Foster informou
que o acesso à rede interna de computadores da companhia é restrito a uma
quantidade pequena de especialistas. Ela reforçou que os dados da empresa não
circulam pela internet e relatou que as informações críticas estão armazenadas
com criptografia e têm barreiras físicas. "O acesso se dá por biometria e
pesagem, além da existência de câmeras de monitoramento", afirmou.
Várias das 36
empresas que trabalham na segurança de informação da companhia são
estrangeiras, sendo 14 delas americanas, além de fornecedores de Israel, da
Alemanha, do Japão, entre outros. Além disso, 10 empresas de telecomunicações
nacionais e internacionais trabalham com transporte de dados criptografados da
estatal entre suas subsidiárias no exterior. As três empresas que fazem a
criptografia da Petrobrás também são americanas.
A presidente da
Petrobrás reconheceu que a companhia é alvo de ataques cibernéticos, mas
ressaltou que a empresa trabalha 24 horas com tecnologia para impor barreiras a
invasões. Ela disse que dados isolados armazenados no centro de processamento
da empresa não possuem significado claro, mas ganham importância dentro de um
contexto de avaliação dos especialistas da companhia.
"Os dados da
Petrobrás estão em constante atualização. Se houvesse acesso a grupo de dados
imediatos da empresa, logo os mesmos seriam atualizados com informações",
completou, dando a entender que esses dados desviados logo estariam defasados.
Fonte: estadão.com.br - Por EDUARDO RODRIGUES,
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