Seabra é um município brasileiro do estado da Bahia. Sendo considerada a
 "Capital da Chapada Diamantina" por sediar os mais diversos órgãos 
estaduais e federais. É uma cidade conhecida no cenário regional por 
conta das suas festas, que variam de Micaretas, festas de camisas até os
 festejos juninos que lá acontecem, estes festejos são considerados "O 
Melhor São João da Chapada". Recebe anualmente a Copa Brasil de 
Supercross e a Copa M&M Motos de Supercross, coincidindo com a data 
do aniversário do município, estes dois eventos motociclísticos são 
muito valorizados pelo diversificado público que os assistem. Sedia no 
mês de Outubro o Festival de Violeiros da Chapada, evento que ocorre na 
cidade há 3 anos e no qual se apresentam artistas de todo o cenário 
nacional no âmbito do violão. Na saúde, abriga o Hospital Frei Justo 
Venture, particular, sendo um dos principais hospitais da região, o 
único do município que atende os pacientes pelo SUS. Está em construção o
 Hospital Regional da Chapada a Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24 
horas da Chapada Diamantina, o que melhorará e muito a vida dos 
moradores da região, que deslocam-se até a capital do estado para 
realizar atendimento médico.  Geografia Trata-se de uma das cidades mais
 populosas da região da Chapada Diamantina, sendo dotada de uma 
infra-estrutura de hotelaria que abriga o excedente turístico derivado 
dos municípios de Lençóis, Palmeiras e Iraquara. Seu nome é uma 
homenagem ao antigo governador da Bahia, J. J. Seabra. Seu antigo nome 
era Passagem Bonita de Nossa Senhora de Jacobina. Seabra está localizada
 na Chapada Diamantina, na Microrregião Centro Sul Baiano e por isso 
muito conhecida. A cidade está situada a aproximadamente 930m de 
altitude acima do nível do mar, possuindo um clima úmido a sub-úmido, 
destacando-se, portanto, a Serra da cotréia, como o ponto culminante do 
município, já que, está a 1.125m acima do nível do mar. A temperatura é 
agradável o ano todo, girando na média de 23°C, nos meses mais frios 
chega a 10°C, considerada uma das mais baixas da região - a máxima já 
registrada chegou a 33°C, sendo Novembro e Janeiro os meses mais 
chuvosos e os meses de junho e julho os mais frios do ano. A vegetação 
característica constitui em mata de transição entre a Mata atlântica, 
presente na região de Lençóis e a caatinga. O município apresenta ainda 
vegetação endêmica por estar localizado em um dos solos de formação mais
 antiga da Bahia. Seabra esta inserida, no conjunto da sub-região 
denominada de Lavras Diamantinas com Andaraí, Mucugê, Lençóis e 
Palmeiras e apresenta no seu solo a formação e riqueza diamantífera das 
outras Municipalidades além de quartizitos e metais como ferro, magnésio
 e barita. Destaca-se por ser considerada a Capital da Chapada 
Diamantina, já que seu comércio é tido como um dos mais expressivos da 
região. Seabra possui dois distritos: Jatobá e Várzea do Caldas e 115 
povoados nos quais destacamos Velame, Mocambo, Campestre, Lagoa da Boa 
Vista, Alagadiço, Beco, Cochó do Malheiro e Vale do Paraíso. A cidade é 
privilegiada, pois está situada a importantes cruzamentos rodoviários 
com a BR-242. Em relação à Hidrografia, os rios principais são o rio 
Cochó, rio Tejuco (limite com o município de Palmeiras), rio da Prata e o
 rio Dois Riachos e o rio Campestre, além dos riachos Chifre de Boi e 
Banha Tatu situado no Mocambo. Seabra, chamada pelos seus habitantes de 
CIDADE DAS ROSAS está situada no centro geográfico da Bahia. 
[editar]Economia A economia é baseada na prestação de serviços que 
atende várias cidades da Chapada Diamantina sobretudo serviços públicos,
 serviços de assessoramento contábeis, jurídicos, de saúde e engenharia,
 além da agricultura, comércio, em pequenas indústrias e extração de 
minérios. [editar]Educação Seabra abriga a repartição da Diretoria 
Regional de Educação (DIREC) responsável pelas políticas públicas da 
Secretaria Estadual de Educação na Chapada Diamantina.  

Este Município 
apresenta uma taxa de analfabetismo que compreende 21% da população 
superior a 15 anos (IBGE, 2000). Em relação ao Ensino Básico, existem 
diversas instituições públicas e privadas localizadas na sede e nos 
distritos, sendo que somente seis unidades escolares oferecem o Ensino 
Médio, a exemplo do Colégio Raio de Sol (RDS) e do Educandário São 
Francisco de Assis(ESFRA), instituições privadas, Centro Educacional de 
Seabra e o Colégio Estadual Letice Oliveira Maciel (CELOM), instituição 
pública. Quanto ao Ensino técnico-profissionalizante
 existe a Escola Técnica em Enfermagem Nossa Senhora aparecida com o 
curso Técnico em Enfermagem. Escola Técnica Maria Bella, com os cursos 
de Técnico em Enfermagem, Radiologia e Auxiliar de Consultório Dentário 
(ASD), ambos privadas. E o antigo Colégio Estadual Letice Oliveira 
Maciel que tornou-se Centro Estadual de Educação Profissional em Turismo
 do Centro Baiano Latice Oliveira Maciel(CEEPLOM), com os curso Técnicos
 em Guia de Turismo, Restaurante e Bar, Hospedagem e brevemente 
administração, instituição publica localizada no Bairro da Boa Vista. 
Seabra sedia um campus do Instituto Federal da Bahia(IFBA), antigo 
CEFET, já em funcionamento, localizado no Barro Vermelho, zona de 
expansão urbana do Município de Seabra, com os cursos Técnico em 
Informática e Técnico em Meio Ambiente. Em relação ao Ensino Superior, o
 Município de Seabra possui um campus da Universidade do Estado da Bahia
 (UNEB) - (Campus XXIII) que abriga o curso de Letras. Além da UNEB, 
existem algumas extensões de IES privadas que implantaram polos no 
Município, como é o caso da Faculdade João Calvino, com um polo 
presencial que oferece cursos de Filosofia, geografia e história, e 
outras IES que implantaram polos de Educação à Distância(EaD): a UNOPAR,
 a FTC e a UNIFACS. [editar]História Origens do Município: Segundo o 
IBGE, os primeiros núcleos de povoamento da Chapada Diamantina surgiram 
no início do século XVIII, com o crescimento das minas de ouro de 
Jacobina e Rio de Contas.
 

A Coroa Portuguesa determinou uma abertura de 
uma estrada que ligasse as duas regiões de exploração aurífera. Esta 
estrada, chamada de “Estrada Real”, contava hoje as terras pertencentes 
ao município do Seabra, até então desertas. Muitos portugueses foram 
atraídos pelo garimpo do ouro, mas desiludidos com as exigências do 
Império vinculadas ao precioso metal, se fixaram naquela região, 
dedicando-se à agricultura e pecuária. O primeiro núcleo de povoamento 
foi a Vila de Iraporanga ( ex- Parnaíba), hoje pertencente ao Município 
de Iraquara. A cidade de Seabra antes denominada de PASSAGEM BONITA DE 
NOSSA SENHORA DE JACOBINA também ficou conhecida por PASSAGEM BONITA DE 
SÃO SEBASTIÃO (após construção da igrejinha do santo) e com o 
crescimento do povoado do outro lado do rio cocho, por COCHO DO PEGA, 
pois os viajantes ficavam na localidade ao pousarem após longa 
caminhada. Provavelmente, na mesma época surge a povoação de Campestre 
que foi a primeira Sede do município. Campestre pertencia na época ao 
município de Nossa Senhora do Livramento do Rio de Contas. Em 15 de 
Março de 1847 foi elevada à Sede de Freguesia de Nossa Senhora da 
Conceição do Campestre, confirmada pela Lei Providencial 899 de 15 de 
Maio de 1863 que criava o distrito de paz de campestre. Posteriormente 
em 1868 foi Freguesia de campestre elevado à categoria de vila com a 
denominação de vila agrícola de campestre pela Lei Provincial de número 
2652 de 14 de Maio de 1889 que também criava o município de Campestre 
com território desmembrado de Lençóis, sendo instalado categoria de 
cidade pelo Decreto 491. Distrito de Jatobá, hoje Baraúnas pela Lei 
Estadual 776 de 265 de maio de 1910. Há relatos da tradição oral, 
segundo a qual, no início do século XIX houve uma grande fome que 
atingiu a região da Chapada Diamantina, a qual provocou uma grande onda 
de emigração dessa região para outros lugares. Transferência da sede de 
campestre para o povoado do Cochó do Pega: Em 22 de Março de 1922, 
conforme ata do conselho municipal, já se pensava na transferência da 
Sede do município de Campestre para o Povoado de São Sebastião do Cochó –
 a proposta foi apresentada verbalmente pelo Conselheiro Manoel Muniz 
Barbosa, mas deixava a transferência a critério do Sr. Intendente do 
Diretório Político e do "Coronel" Horácio de Matos. Não se trata de um 
Coronel do Exército Brasileiro, nem de qualquer patente militar, mas uma
 espécie de título nobiliárquico dado aos oligarcas que imperavam no 
Brasil. Trata-se do fenomeno doCoronelismo, que desacredita e confunde 
sobre a patente de Coronel. Em 1929, o "coronel" Horácio de Matos fez a 
transferência para a referida povoação que passou a se chamar Dr. 
Seabra. Não se tem conhecimento de nenhum ato que oficialize a 
transferência. Em 27 de Agosto, a Lei Estadual nº 1125 oficializava a 
nova denominação. Depois, os Decretos estaduais nº 7453, de Junho de 
1931 e 7459, de 8 de Julho do mesmo ano, simplificam o nome da cidade e 
do município que passaram a ter a denominação de Seabra. A construção da
 BR-242 e a história contemporânea: Em seguida, nas décadas seguintes 
não ocorreram eventos históricos significativos. Uma exceção a isso foi a
 construção da Rodovia BR-242, obra planejada durante o Governo de 
Juscelino Kubistchek e executada nos anos 1970, após a aprovação do 
Plano Nacional de Viação de 1973, que promoveu um crescimento da cidade,
 acompanhado de novas imigrações oriundas do acesso aos transportes. 
Nessa época, é ampliada a rede bancária do Município, além da instalação
 de repartições públicas, a exemplo do DERBA (Departamento de Estradas e
 Rodagens da Bahia). Em setembro de 1971, a região da Chapada 
Diamantina, e por extensão a cidade de Seabra (BA), são impactadas com a
 descoberta de que o militante comunista Carlos Lamarca, ex-tenente e 
líder da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), se encontrava na 
região. Equipes dos órgãos de repressão da Ditadura Militar vão para a 
Chapada Diamantina e iniciam um caçada feroz que acaba com a execução de
 Lamarca no dia 17 de setembro de 1971 no povoado de Pintada, no 
Município de Brotas de Macaúbas (Estado da Bahia). Novo período de 
ostracismo histórico que é rompido em 31 de outubro de 2002, quando foi 
criado o Campus XXIII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), por 
meio do Decreto Estadual nº 8.354/02. Em 2003, foi autorizado o 
funcionamento do curso de Letras na referida unidade universitária. 
Aspectos político-administrativos A história político-administrativa do 
município é falha porque segundo o único livro de registro de Atas da 
época, o Intendente Cônego Pedro Bernardino Pereira, ao ser nomeado 
pároco de Morro do Chapéu para lá se transferiu, levando todos os livros
 do arquivo municipal. Assim, segue a relação de prefeitos e intendentes
 que governaram o Município. INTENDENTES (Prefeitos nomeados): Pedro 
Bernardino Pereira Tibério Esquivel Manoel Fabrício de Oliveira Manoel 
Querino de Matos Simpliciano de Oliveira Lima Hermelino José de Souza 
Silvino Laureano Pires Francisco Rodrigues Costa Dr. Gileno Araújo Góis 
Fabrício de Oliveira PREFEITOS: Tito Luna Freire – 1º eleito Manoel 
Teixeira Leite – 2º eleito Silvio Martins de Almeida – 3º eleito Manoel 
Teixeira Leite – 4º eleito Jorge Alves de Oliveira – 7º eleito Armínio 
Vieira de Athayde – 8º eleito Fabrício de Oliveira – 9º eleito Ápio 
Esquivel de Athayde – 10º eleito Iovane de Oliveira Guanaes – 11º eleito
 Salvandir Fernandes Rocha 12º eleito Dálvio Pina Leite (PMDB) – 14º 
eleito (1993-1996) José Carlos Santos de Athayde (PTB) – 15º eleito 
(1997-2000) Dávio Pina Leite (PP) – 16º eleito e reeleito (2001-2008) 
José Luis Maciel Rocha(Rochinha) (PMDB / PSB) - 18º eleito e reeleito 
(2009-2016) 

Turismo 1 – POVOADO DE LAGOA DA BOA VISTA - Foi fundado após
 a passagem da Coluna Prestes, onde algumas famílias se fixaram por 
causa do clima aprazível e das boas condições para formação de fazendas.
 Como principal atrativo se apresentam as fachadas das casas 
residenciais e comerciais, muito trabalhadas, com uma grande variedade 
de motivos. A poucos quilômetros, a caminho de Iraquara, fica a 
Cachoeira do Riachão, uma sequência de escorregadeiras. Um local dotado 
de rara beleza. 2- POVOADO DE VALE DO PARAÍSO, ANTIGO GADO BRAVO - Tem 
em sua arquitetura colonial popular sua mais marcante, com fachadas das 
casas decoradas com detalhes diversos e suas calçadas feitas de pedras, 
em degraus. O seu cemitério bizantino da cidade de Mucugê: fica 
localizado no ponto mais alto do povoado. Mas tem ainda um atrativo 
natural, a Serra do Gado Bravo, a 1415m de altitude (ponto culminante da
 APA Marimbus-Iraquara), de onde se tem uma deslumbrante vista de 
diversos municípios da Chapada. É uma caminhada que vale a pena ser 
feita, inclusive pela existência de muitas bromélias, orquídeas e 
cactáceas, das mais diversas formas e cores, entre outras plantas 
nativas. Nas proximidades ficam algumas grutas onde se vêem diversos 
painéis de pinturas rupestres. 3 – POVOADO DE COCHÓ DO MALHEIRO - Maior 
mercado de gado da região no século XIX, foi palco de sangrentas 
batalhas entre Heliodoro de Paula Ribeiro (Deputado na Constituinte de 
1891) e os Sá (de Lençóis e seus aliados locais), por ter desmembrado do
 município das Palmeiras, respectivamente, Seabra e Palmeiras. O povoado
 chegou a ser totalmente destuído. Sua arquitetura é o ponto marcante, 
representada pela casa que pertenceu ao Deputados e a outras, além da 
igreja. 

4 – POVOADO DE CAMPESTRE - Foi a primeira sede do município de 
Seabra. Sua igreja, N. Sra. da Conceição, é datada de 1847. Aí também 
ocorreram violentas batalhas entre os "coronéis"entre aspas porquenão 
eram coronéis do Exército, e sim oligarcas do Coronelismo) Horácio de 
Matos e Manoel Fabrício, além de ter sido marcada pela passagem da 
Coluna Prestes. 5 – POVOADO DE ALAGADIÇO – Povoado que já foi importante
 mercado local, hoje decadente, tem como destaque a sua arquitetura, 
restos da Estrada Real, o Complexo Arqueológico de Alagadiço (formado 
por 19 sítios) riquíssimos em painéis de pinturas rupestres e, ainda, um
 cemitério indígena (foram encontradas peças de cerâmica características
 dos rituais fúnebres dos índios que habitavam a região – estudados pela
 UFBA), além de sua flora. 6 – IGREJA DE BOM JESUS – Localizada no ponto
 mais alto do centro da cidade, construída em quartzito rosa, em estilo 
moderno (1975), é o terceiro maior templo católico do mundo, construído 
com essa pedra. 7 – IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO - Localiza-se também no 
centro da cidade. Foi construída em homenagem ao santo padroeiro da 
cidade, como pagamento de uma promessa: o Sr. Antônio Laureano Pires 
prometeu ao Santo que se a cidade não fosse atingida pela peste 
bubônica, que assolava a região, ele ergueria uma igreja. Construída 
inicialmente em estilo barroco, foi demolida porque ameaçava desabar. A 
atual é em estilo moderno. 8 – MARCO ZERO - Na praça Luiz Henrique 
Xavier Acosta, centro da cidade, fica “um monumento” que representa o 
centro geográfico da Bahia. 9 – GRUTAS E CAVERNAS – Especialmente na 
planície calcária, entre Seabra e Iraquara estão algumas grutas e 
cavernas de grande beleza, como a Buraco do Cão, Diva de Maura, Gruta de
 Santa, do Talhão, etc. Porém a única que tem estrutura turística é a 
primeira, que tem como atrativos, o Bolo de Noiva, que é um conjunto de 
represas de travertinos de 10m de altura; um pequeno fóssil encrustrado 
na rocha, uma infinidade de estalactites e estalagmites, espeleotemas 
das mais diversas formas e cores e um lago de 600m de extensão. 
Referências 1. ↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial 
do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de 
outubro de 2008. 2. ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial 
oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página 
visitada em 5 de dezembro de 2010. 3. ↑ Censo Populacional 2010. Censo 
Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 
2010. 4. ↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas 
do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o 
Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
 5. ↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 de dezembro
 de 2010.

 
 
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